A pergunta sobre por que Jesus orou a Deus, sendo ele mesmo Deus, é intrigante e nos convida a explorar a complexidade de sua natureza divina e humana. Ao examinarmos os evangelhos, vemos que Jesus frequentemente se retirava para lugares desertos para orar, como registrado em Lucas 5:16. Isso nos leva a uma reflexão profunda sobre como sua divindade e humanidade se entrelaçam.Jesus é parte da Trindade divina, composta pelo Pai, Filho e Espírito Santo, sendo um único Deus em três pessoas distintas. Assim como a água pode existir como gelo, líquido ou vapor e ainda ser água, Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, permanecendo uno. Jesus fala do Espírito Santo como uma pessoa enviada pelo Pai em seu nome, demonstrando a unidade e os papéis distintos dentro da Trindade.Agora, voltando à pergunta sobre por que Jesus, sendo Deus, orava, precisamos entender que sua encarnação como humano trouxe consigo a experiência completa da humanidade. Mesmo sendo plenamente Deus, Jesus também era plenamente humano, o que significa que ele vivenciou todas as emoções e necessidades humanas. Suas orações não eram apenas um diálogo consigo mesmo, mas uma expressão de sua relação íntima com o Pai e um exemplo para nós.As orações de Jesus tinham vários propósitos. Primeiro, ele buscava a vontade do Pai em todas as coisas, mostrando sua completa dependência de Deus. Em momentos de angústia, como antes de sua crucificação, Jesus expressava seus sentimentos honestamente, mas sempre submetendo sua vontade à do Pai. Além disso, suas orações ensinavam aos discípulos a maneira correta de se comunicar com Deus, como visto no Pai Nosso.Jesus também buscava força e orientação em suas decisões importantes, como ao escolher seus doze discípulos. Ele passou a noite inteira em oração, mostrando sua profunda conexão com o Pai e sua necessidade de apoio espiritual. Essas histórias nos lembram que Jesus experimentou emoções profundas e teve necessidades humanas, como qualquer um de nós.