Meu nome é Sarah. Desde pequena, sempre sonhei em voar. Não com asas, mas através da dança. A dança era minha liberdade, minha maneira de escapar das amarras da vida. Mas nem todos os sonhos têm um final feliz.Aos 18 anos, um terrível acidente de carro levou meus pais e deixou minhas pernas presas em uma cadeira de rodas. Minha liberdade foi arrancada de mim num instante, como se alguém tivesse apagado as estrelas do céu.Eu lutei contra a dor física e emocional, mas parecia que cada dia era uma batalha perdida. Até que um dia, um terapeuta de dança apareceu na minha vida. Ele me mostrou que a dança não está apenas nos movimentos do corpo, mas também na força da alma.Com o tempo, redescobri minha paixão pela dança de uma maneira completamente nova. Nas profundezas da minha solidão, encontrei uma conexão com a música que transcendia minhas limitações físicas. Era como se minha alma estivesse dançando em uma paisagem de sonhos.Mas então veio o golpe final. Um diagnóstico devastador - uma doença degenerativa que roubaria minha capacidade de mover os braços. Meu mundo desabou pela segunda vez. Eu me vi presa em um corpo que estava se desfazendo aos poucos.Agora, passo meus dias imersa em memórias da dança que costumava ser. À noite, olho pela janela, observando as estrelas brilhando no céu, tão distantes e inalcançáveis quanto meus sonhos perdidos. E assim, enquanto a escuridão me envolve, danço em minha mente, uma última dança para uma alma partida.