Em 1907, Meitner começou a trabalhar com o químico Otto Hahn, em Berlim, onde conduziram investigações pioneiras acerca da radioatividade e da física nuclear. Atualmente, ela é considerada “Mãe da bomba atômica” pela sua descoberta da fissão nuclear, mas em sua época de atuação seus feitos foram desmerecidos e ignorados. Injustamente, Lise não chegou a receber nenhum prêmio Nobel durante sua vida, mas suas invenções sim, pelas mãos de seu então parceiro, Otto Hahn.“Eu tentei reivindicar meus direitos mas imagino que o comportamento soberbo de Hanh, as questões de gênero e o fato de eu ser judia em plena Alemanha Nazista, implicaram com a falta de reconhecimento dos meus feitos.”Na década de 30, o machismo se fazia presente em suas diferentes faces. Nossa cientista dedicou sua vida à ciência, mesmo com todos os desafios presentes na sua difícil jornada. Lidando com a falta de reconhecimento, salários baixos e a constante inferiorização do meio, Lise não desistiu de seu propósito e realizava cada vez mais novas descobertas, onde ainda não era creditada, mas se importava muito mais com o avanço científico. Participou ativamente de projetos como a descoberta do elemento químico Protactínio, e do Efeito Auger.Com a ascensão da Segunda Guerra Mundial, os estudos de Lise foram levados em prática para a confecção de bombas nucleares, utilizadas, por exemplo, pela potência Estados Unidos em seu ataque mais famoso, Hiroshima Nagasaki.