A GENTE CORRE O TEMPO VOA, A GENTE ANDA O TEMPO CORRE, A GENTE SENTA O TEMPO ANDA, A GENTE DEITA O TEMPO SENTA, A GENTE MORRE O TEMPO CHORA, A HISTÓRIA CHEGA AO FIM, O TEMPO NÃO TEM MAIS NADA A CONTAR SOBRE MIM... No compasso do tempo, a vida segue seu curso, como uma dança constante, onde nós somos os dançarinos e o tempo, o incansável maestro.Corremos, às vezes sem perceber, atrás de sonhos, de desejos, de metas, e enquanto corremos, o tempo, esse eterno viajante, voa, como se quisesse nos lembrar que ele não espera por ninguém.Mas há momentos em que paramos, sentamos... a vida parece desacelerar, como se o tempo, por um instante, resolvesse nos dar uma trégua, e nesses momentos de pausa, o tempo não espera. Ele continua sua marcha, implacável, indiferente.E quando finalmente nos deitamos, quando o cansaço nos vence e nos entregamos ao sono, é como se o tempo, compreensivo, se sentasse ao nosso lado, observando-nos com calma, como um velho amigo que sabe que, no final, todos nós vamos partir.E quando partimos, quando a vida nos abandona e a morte nos recebe em seus braços, o tempo chora. Chora por nós, que partimos, e chora por si mesmo, pois sabe que nunca mais nos verá.E assim, a história chega ao fim. O tempo, esse contador incansável, não tem mais nada a contar sobre nós, sobre mim, sobre o que fui.No final, somos apenas histórias, memórias que o tempo carrega consigo, como páginas de um livro antigo, e quando o livro se fecha, quando a última página é virada, o tempo se cala.Não há mais nada a dizer, apenas o eco das memórias, o suspiro da eternidade que se segue além, e nós, meros dançarinos nessa grande dança da vida, seguimos nosso caminho, deixando para trás apenas vestígios do que fomos, do que sonhamos ser.