O Primeiro Comando da Capital (PCC) foi fundado em 1993, na Casa de Detenção de São Paulo, por um grupo de presos que buscava proteção contra outras facções rivais1. Desde sua criação, o PCC tem adotado estratégias de expansão, estabelecendo regras rigorosas entre os membros e aplicando violência para afirmar sua liderança2.Inicialmente formado por apenas oito presos, três décadas depois, o número de membros do PCC chega a 100 mil, segundo estimativas do Ministério Público de São Paulo3. Tal crescimento fez com que o PCC extrapolasse as fronteiras das prisões e assumisse um caráter multifacetado, variando de sindicato a multinacional do crime3.Ao longo do tempo, o PCC começou a se expandir para além das prisões, controlando parte do tráfico de drogas em São Paulo, firmando parcerias com facções de outros Estados, alugando armas para ações criminosas e assumindo controle de rotas internacionais de tráfico de drogas no Brasil45.Hoje, o PCC é um verdadeiro “estado dentro do estado”, com presença dominante em até 85% das prisões em São Paulo3. Sua expansão destruidora se espalhou por todo o território nacional e além, com atividades criminosas se estendendo a outros países3.Em resumo, o PCC surgiu como uma resposta à violência e às condições precárias dentro do sistema prisional brasileiro. Desde então, ele se transformou em uma organização criminosa altamente estruturada e influente, com impactos significativos na segurança pública em todo o Brasil.