A Boneca AssombradaA casa antiga, empoeirada e envolta em um manto de silêncio, emanava uma aura sinistra. O vento uivava pelas frestas das janelas, sussurrando segredos macabros. No interior, Ana, uma jovem estudante de Letras, se aventurava em meio aos aposentos decadentes, munida apenas de sua lanterna e um fascínio mórbido pelo desconhecido.Em um dos cômodos, coberto por teias de aranha e lembranças esmaecidas, Ana encontrou uma boneca de porcelana. Seus olhos de vidro, vazios e penetrantes, a fitavam com uma intensidade desconcertante. A boneca, vestida com um antigo vestido branco, emanava uma aura de tristeza e solidão.Ana, tomada por uma força inexplicável, tocou a boneca. Naquele instante, um frio gélido percorreu sua espinha. Um sussurro, quase inaudível, ecoou pelo cômodo: Socorro....A partir daquele momento, eventos estranhos e perturbadores começaram a assombrar Ana. Sussurros fantasmagóricos, objetos que se moviam sozinhos e vultos fugazes aterrorizavam seus dias e noites. A boneca, sempre presente, parecia observá-la com um sorriso cruel, como se estivesse se divertindo com seu medo.Em uma noite tempestuosa, Ana, transtornada pelo terror, decidiu investigar a origem da boneca. Em meio a livros antigos e documentos empoeirados, ela encontrou a história de uma menina que havia sido brutalmente assassinada naquela casa. A boneca, que pertencia à menina, havia sido amaldiçoada com sua alma penada.Ana, aterrorizada, mas movida por um senso de justiça, decidiu libertar o espírito da menina. Ela realizou um ritual antigo, quebrando a maldição da boneca e libertando a alma aprisionada.Com o fim da maldição, a casa se acalmou. Os sussurros cessaram, os objetos retornaram ao seu lugar e a boneca, sem a alma da menina, se tornou apenas um objeto inanimado. Ana, exausta, mas aliviada, pôde finalmente descansar, sabendo que havia feito a coisa certa.A experiência a marcou profundamente, deixando-a com um misto de terror e admiração pelo sobrenatural. A casa antiga, agora livre da maldição, se tornou um símbolo da redenção, um lembrete de que a luz sempre pode vencer a escuridão.