A principal diferença entre a teoria clássica e a neoclássica está na forma como cada uma entende a origem do valor econômico e o comportamento dos agentes no mercado.A teoria clássica, desenvolvida por economistas como Adam Smith e David Ricardo, defende que o valor de um bem é determinado pelo trabalho necessário para produzi-lo. Ou seja, quanto mais esforço ou tempo de trabalho for investido na produção de um bem, maior será o seu valor. Além disso, os economistas clássicos acreditavam que os mercados tendem a se ajustar sozinhos, sem a necessidade de intervenção estatal, com foco no crescimento econômico de longo prazo.Por outro lado, a teoria neoclássica, que surgiu no final do século XIX, muda essa visão. Ela argumenta que o valor de um bem é determinado pela utilidade marginal, ou seja, pela satisfação que ele proporciona ao consumidor. Quanto mais um bem é consumido, menor será a utilidade adicional que ele oferece. Além disso, a teoria neoclássica coloca ênfase no comportamento racional dos indivíduos, que tomam decisões para maximizar sua satisfação ou seus lucros. Aqui, o equilíbrio de oferta e demanda é o que define os preços no mercado.Em resumo, a teoria clássica vê o valor como algo baseado no trabalho e em ajustes de longo prazo, enquanto a teoria neoclássica se concentra na utilidade para o consumidor e no comportamento racional dos agentes econômicos em um equilíbrio de curto prazo.