Durante a ditadura militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985, o país passou por um período de intensa repressão política. Logo após o golpe de Estado que depôs o presidente João Goulart em 1964, foi instaurado um regime autoritário liderado pelos militares, com o apoio de setores conservadores da sociedade brasileira e de interesses internacionais, principalmente dos Estados Unidos.Durante os anos de chumbo, como ficou conhecido esse período, o governo militar utilizou de instrumentos como censura, perseguição política, tortura e assassinatos para reprimir qualquer forma de oposição ao regime. Muitas organizações políticas, movimentos sociais, sindicatos, estudantes e artistas foram alvos do aparato repressivo do Estado.Além disso, o período foi marcado por um desenvolvimento econômico baseado em políticas autoritárias e repressivas, com o apoio de grandes empresas e do capital estrangeiro, o que contribuiu para a concentração de renda e aprofundamento das desigualdades sociais no país.A resistência ao regime militar foi se organizando ao longo dos anos, através de movimentos sociais, sindicais, estudantis e políticos que lutavam pela redemocratização do Brasil e pelo respeito aos direitos humanos. A abertura política gradual na década de 1980, com a anistia aos presos políticos e a convocação de eleições diretas para presidente, culminou no fim da ditadura e na restauração da democracia no país.Após o período militar, o Brasil passou por um processo de reconstrução democrática, marcado pela elaboração de uma nova Constituição em 1988 e pela realização de eleições livres e democráticas. No entanto, as marcas da ditadura ainda são presentes na sociedade brasileira, principalmente na luta pela verdade, memória e justiça em relação aos crimes e violações cometidos durante aquele período.